domingo, 23 de outubro de 2016

A próxima etapa

Estou de volta
Àquele estado
Como uma farpa no pé
Uma dor constante me espezinha a alma
Caminhando sobre a mira da verdade
No nada que se afigura entre um sonho e outro

Me dei conta do limbo
Das meias verdades
Dos vazios recíprocos autossustentados
Estou aqui de passagem
Eles eu não sei

A próxima etapa me pede resultados
A próxima etapa me pede renuncias
A próxima etapa me pede cortar a própria carne
A próxima etapa me pede coragem
E aqui vou eu

Excelente

Limpando tudo 
Tirando o pó da alma 
Preciso respirar novamente 
Queria te dizer um oi 
A dois mil quilômetros de distância 
Queria fingir que isso tudo pode ser real
Mas eu sei e você sabe 
Mas do que eu 
As coisas não são assim 

O tempo passou 
E essa ferida nunca vai curar 
Mas aqui estamos 
A vida é só uma
E se não pode ser excelente
Pode ser boa 

A rider

Caminhando na fronteira
O lugar exato da divisa não sei dizer
Mas eu vou
E eu sei
Que se não virar loucura
Vira resultado
E saio mais forte

Eu jogo com o perigo
E eu sei
Eu sinto os calafrios
Atravesso a lógica
Coloco em cheque o certo
Inspiro um ar que me rasga as entranhas
Sou um corredor
Um sobrevivente


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Bem

Escrevo mal
Com descaso
Não reviso o que produzo
Mas de alguma forma esse é o lugar do erro
Aqui eu sou

Seja como for
O recomeço de uma jornada
Tomou outros caminhos
Talvez um atalho
Talvez um erro de percurso
Mas o certo é que recomeçou
E espero que agora seja de uma vez
Sem olhar para trás
Sem olhar para os lados
Só pra frente
E ai, uma vez lá
Vou poder escrever
Sonhar
Velejar
Presentear
Ler
Produzir
Dormir
Pedalar
Eu quero que estudar se torne um vício
Estudar e esporte
Para que possa chegar lá
BEM!

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Alucinado

Alucinado
Eu sou o tempo
Desconcertado
Procuro a chave

Eu bato na porta mas não me escutam
Eu arrebento a porta
Eu chuto
Até sangrar
Eu sou o sobrevivente

Grito com fúria
Passo por cima de tudo
Eu voltei
Com força
Como um tornado
Vou arrasar com tudo
Vou queimar até a última brasa
Sou o corredor
O sobrevivente
De peito aberto

Eu nunca morrerei