quarta-feira, 28 de junho de 2017

O Rei e o corvo

Alguém me diz algo sobre o que pode passar
Dizem que tudo, como a lua,  sempre mudará

Ehh...
Escuto um som, dedilho a imaginação
Canto uma canção
Eu paro o tempo
Danço no infinito
O meu movimento dispersa a agenda
Cancela um compromisso

Algo de razão me vem no ouvido
Não pode ser o que não se pode explicar
Um teorema da conta de leis
Do que nasce, enraíza
Vive e se metamorfiza

Ehh...
Meus olhos consomem toda a chama
Devoram o sertão
E se aplacam no oceano
Sereno os pés no chão
E me fundo no horizonte

Um pássaro canta triste uma melodia
Foge das ondas e não pode bater as asas
Diz que não é possível
Que não pode ser
Que nunca será
Equaciona meus sonhos
Não me olha nos olhos
Na sua frente...
A morte!  Sua única verdade
E por saber-se mortal definha a vida

Ehh...
Dou mais um mergulho
Sinto leve minha coroa
A noite cai
Estrela a estrela
No firmamento do infinito
Eu sou um rei
Atemporal
Pleno
E na minha frente...

O impossível

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