É, encham os pulmões
Subam nos telhados
Gritem bem alto
Levantem a cidade
Chamem os profetas
Reescrevam a história
Calibrem os barômetros
O tempo mudou
Voltem pra casa
Tirem a tarde livre
Repensem seus movimentos
Desliguem os relógios
Aqui vamos nós
Eu dou o compasso
Eu sou o compasso
Façam suas escolhas
A sorte mudou
Aproveitaremos o vento norte
Baixem os decretos
A favela será a côrte
Tomaremos o que não é nosso
O que não era pra ser
O que não foi feito pra ser
Sairemos das nossas posições
Fundo em nossas mentes
Nós achamos às chaves
Sem medo
Levantamos nossos pés
Ninguém entende
Somos os loas
Nossos santos e entidades
Somos a furia e a beleza
Eu não canto sozinho
Dou o compasso
Com mil pés marchando ao meu lado
Nunca estive só
Apenas adormecido
Respire o mais fundo que puder
Feche os olhos
E sinta a terra tremer
A melodia mais suave que nosso tempo já viveu
Eu estive aqui o tempo todo
Mas agora você pode me ver
Nenhum comentário:
Postar um comentário